A origem e as razões do 1º de maio

    No inicio do capitalismo os trabalhadores viviam em grande miséria. Trabalhavam dez, doze e até dezoito horas por dia. Não havia descanso semanal, nem férias, para o mundo do trabalho não havia leis, imperava a lei do patrão. Os operários eram submetidos a uma jornada de trabalho estafante diariamente todos os dias do ano, até morrerem de fome, cansaço ou miséria. 
    A remuneração pelo trabalho era insignificante, assim as famílias destes trabalhadores viviam na mais absoluta miséria. Essa situação foi criando uma onda de insatisfação e a luta pela sobrevivência transformou-se em luta por direitos. Deste modo, foram surgindo as primeiras organizações de classe dos operários e a bandeira da  redução da jornada de trabalho tomou o centro das reivindicações.
    Foi em um 1º de maio, por volta de 1886 que foi realizada uma grande  manifestação pela jornada de trabalho de 8 horas, e que entrou para a historia devido ao grau de violência adotado pela repressão da burguesia ao movimento, o que resultou na morte de diversos operários e a prisão dos líderes do movimento por meio de uma farsa jurídica para desmoralizar e desmobilizar a vanguarda da luta dos trabalhadores.
    Esse fato, transformou os líderes em martís e acirrou ainda mais a luta dos trabalhadores, as mobilizações e greves pela redução da jornada de trabalha tornaram-se maiores a cada ano. Surgiram os primeiros sindicatos e novas organizações politicas dos proletários se formaram. A luta dos trabalhadores tornou-se ideologizada e em 1891 em um congresso da Internacional Socialista, movimento politico que reuniam lideranças sindicais e partidos de esquerda do mundo todo, foi aprovado a realização de um dia internacional de luta pela jornada de trabalho de oito horas, com a palavra de ordem  oito horas de trabalho, oito horas de lazer e oito horas de repouso. 
    Assim nasceu o dia Internacional dos trabalhadores. A data foi se consolidando, e a cada ano, a cada conquista, novas reivindicações iam surgindo. Essa é a marca do 1º de maio, um dia de reflexão sobre os problemas da classe trabalhadora, de reivindicação de novos direitos, de comemoração das vitórias, mas sobretudo um dia exaltação da consciência de classe dos trabalhadores.
   São muitos os que querem tirar a identidade e o perfil do 1º de maio, transformando-o em um feriado a mais, no dia do "TRABALHO", ou no vazio politico. A esses senhores  devemos dizer: O primeiro de maio é nosso, nele reafirmamos nossa determinação de lutar incansavelmente em defesa dos direitos dos trabalhadores, do pleno emprego, de salários justos e pela emancipação da classe trabalhadora. Viva os trabalhadores e trabalhadoras ! Viva o 1º de maio!!!




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