Salvar vidas onde não há médico

ONG MÉDICOS SEM FRONTEIRAS
    Li diversos artigos sobre a polêmica da contratação de médicos estrangeiros para trabalhar no Brasil nas áreas desassistidas entre eles me chamou a atenção dois artigos que em síntese, após tecer os comentários comuns a todos sobre a irregular distribuição destes profissionais de saúde pelo país, o baixo índice em relação a população e a falta de mais equipamentos e condições de trabalho fatos esses indiscutidos, selecionei os argumentos abaixo que me parecem ir ao centro da questão. 
   São os seguinte: De Elio Gaspari, Folha de São Paulo em A Síndrome da Reivindicação Sucessiva,  diz; "Quase sempre, quem diz que não se pode fazer uma coisa porque não se fez outra quer que nada se faça." E afirma que alguns dos que são contra a vinda dos profissionais, o fazem com o objetivo de "congelar uma situação na qual os médicos estabelecidos têm no Brasil uma reserva de mercado e transformam a concorrência em vírus". Ou seja, coloca com clareza que há aqueles que são contra a vinda dos médicos de outros países pelo simples fato de acreditarem que vão perder clientes com isso. São aqueles que fazem da medicina um comercio e enxergam os pacientes como mercadoria e a doença como lucro, e que na verdade não estão nem um pouco preocupados com o fato da população pobre está sem atendimento, doente ou morrendo.
ONG MÉDICOS SEM FRONTEIRAS
   Um outro argumento dos que são contrários a vinda dos médicos se apega a um sofisma, a falsa tese de que estes profissionais estariam despreparados para exercer suas atividades no interior e que por tanto colocariam a população doente em risco; Ora, esse sem duvida parece ser  a mais absurdo dos pontos de vista, uma vez que existem incontáveis experiencias que mostram que onde não ha médicos a população está muito mais exposta e vulnerável às moléstias. E os fatos mostram também que o trabalho de médicos estrangeiros em muitos lugares sem assistência obteve resultados satisfatórios e conseguiu amenizar o sofrimento da população e o mais importante; salvar vidas! Exemplo: médicos sem fronteiras.
ONG MÉDICOS SEM FRONTEIRAS
   Por fim acredito que Marcelo Pellegrini em seu artigo na revista Carta Capital, intitulado " Para evitar um apagão no SUS apresenta o que parece ser a solução definitiva para o problema, é a proposta do pesquisador Mário Scheffer do CFM que afirma: " a solução está na construção de planos de carreira federais e estaduais para profissionais de saúde do SUS ... que incentivem médicos a ocupar definitivamente ou rotativamente regiões de difícil acesso..."
  Então, que não se cruzem os braços,  que se somem a todas as boas idéias as ações para solucionar o problema da assistência médica com qualidade a população brasileira a começar pela valorização do trabalho diferenciado e imprescindível daqueles que salvam vidas.

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