"Kd" o relatório da comissão processante vereador ?

   Há alguns dias atrás a Câmara de Vereadores de Juazeiro do Norte, sob forte pressão popular, no auge do "escândalo das vassouras" instalou uma Comissão Processante para apurar a responsabilidade do até então presidente daquela Casa Legislativa Antônio de Lunga no episodio onde supostamente teriam sido emitidas notas frias para desviar recursos para os bolsos não se sabe de quem.  Oportuno esclarecer que a opinião publica ficou com a impressão que os recursos teriam sido subtraídos pelo próprio Lunga o que parece não ser verdade.

   Esperava-se do relator, vereador Tarso Magno, conhecido por pousar da paladino da moralidade, autor de mais de 200 denuncias contra o governo anterior, que agisse com o mesmo rigor dos quatro anos passados quando  tornou-se conhecido inclusive  por enxergar crimes  onde eles não existiam e assim caluniar e difamar pessoas  se valendo da prerrogativa da inviolabilidade das palavras no mandato de vereador, onde frequentemente extrapolou esse direito.

   No entanto até agora nada.O silencio do vereador é suspeito.  Eu já afirmei em outras ocasiões que a comissão processante  foi propositalmente constituída cheia de vícios de formalidade para permitir deliberadamente ou não que o processado reverta com facilidade na justiça qualquer decisão desfavorável. Agora, a demora na apresentação do relatório final vem ao encontro da espera de uma decisão judicial que pode trancar a referida comissão. Fato esse que seria mais difícil de reverter uma vez consumado o ato final. Uma voz me confidenciou que as decisões são tomadas em comum acordo, nada de riscos e nenhuma surpresa. A participação do vereador Tarso Magno na CPI das empresas fantasmas faz parte de uma estrategia de sabotar por dentro o trabalho da comissão de tal forma que não resulte em nada.

 
Diante deste ardil e de tanta desfaçatez eu não me surpreenderia se o relatório concluir pela legitimidade da compra das vassouras. Afinal o vereador relator tem uma irmã que trabalha na procuradoria que tem  como chefe do município a esposa do advogado de defesa do vereador Antonio de Lunga. E diga-se de passagem o próprio vereador Tarso Magno fez parte do primeiro governo Raimundo Macedo na condição de subprocurador; hábil nas causas contra o município.