PARA ENTENDER AS MANIFESTAÇÕES DAS RUAS

A grande  mídia, leia-se imprensa burguesa conservadora e a mais reacionária, tenta passar para a opinião publica a ideia simplista que as manifestações dos dias 16 e 20 estão divididas apenas  em a favor e contra o governo, partidários e contrários ao impeachment. Sendo os primeiros heróis da defesa do país e os segundos apenas  sindicalistas e entidades  governistas. Não! não! nada disso!

Em primeiro lugar, é preciso entender que  as ruas são o terreno fértil onde floresce em sua espetacular expressão a luta de classe, tantas vezes negadas e hoje muito bem manifestada em palavras, gestos e agressões pela turma do dia 16 e prontamente assumida por manifestantes do dia 20.
Os dois eventos mostram que  sim, a luta de classes existe e agora está nas ruas em um processo de acirramento onde sabemos como começa mas não sabemos como irá terminar.

Há  grandes contradições entre as manifestações,  o dia vinte; que propõe resolver as diferenças em uma constituinte,  no debate democrático e republicano, no parlamento, no voto, com leis justas e dentro de um estado laico que obedeça os princípios da equidade garantindo justiça social e paz.
Já  aqueles que foram as ruas no dia dezesseis, pregaram o golpe militar, e portanto o fim das eleições e do congresso, a ruptura institucional, a violência, a morte aos opositores, a corrupção seletiva, o que desnuda o falso moralismo dos pensantes do ato de cunho claramente nazi-fascista
Contra a serpente do autoritarismo precisamos erguer a nossa voz na defesa de  um estado radicalmente democrático, onde os direitos e garantias individuas sejam de fato respeitados, Aqui eu me refiro não só ao trabalho, moradia, saúde e educação de qualidade mas a plena cidadania brutalmente desrespeitada pelas armadilhas montadas pelo estado burguês que na história do Brasil encontra o perigoso antecedente da ditadura militar, responsável pela morte de milhares, prisões e tortura.

Defendemos  combate a corrupção como uma politica de estado,  capaz de reprimir e fomentar  uma cultura de aversão a este mal que corroí a nação e que existe a séculos nos podres poderes da republica e no cotidiano da vida  privada. Essa bandeire que tem sido ardilosamente manipulado pelos arautos do totalitarismo, ocultos  sob o nobre manto da ética e da moralidade, que agem no arrepio da lei, de forma sub-reptícia, transformando-a em um instrumento politico, a serviços dos setores reacionários e conservadores, que manipulam provas e circunstâncias, fazendo do necessário e oportuno combate a corrupção, uma arma publicitaria de manipulação da opinião publica..

As mobilizações das ruas, são portanto, a disputa politica e ideológica  entre dois projetos bem distintos: ditatura e a democracia, a violência e a paz, o verdadeiro combate a corrupção e o discurso hipócrita,a falso e mentiroso daqueles que defendem o presidente da Câmara dos Deputados, e entre opressores e oprimidos.

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