Raimundão e o sumiço das ruas do shopping

É desesperadora a imagem que se vê a margem das estradas do interior do estado. A cada quilometro vamos nos deparando com o episodio macabra de carcaças de animais, geralmente bovinos,e muitas vezes em grupo, três, quatro e até sete vacas mortas vitimadas pela seca. Compondo o cenário dantesco, os urubus se espalham pelas cercas a espera das vitimas que se deslocam cambaleando a beira da pista procurando um resto de pasto. 

Essa situação nos chama a fazer uma reflexão, e eu quero destacar dois aspectos: o primeiro que apesar do sofrimento, do prejuízo total que os agricultores sofreram. Principalmente o sertanejo pobre, Não se viu como no passado os grupos de famintos em busca de alimentos nas cidades maiores, os saques e as levas de retirantes que fugiam da seca prolongada. E isso obviamente ocorreu por conta das politicas publicas implantada no governo Lula e continuada pela presidenta Dilma, bolsa família, Brasil sem miséria etc.
No entanto, e aqui entra a segunda questão, os fatos mostram que ainda estamos muito longe de termos uma  convivência com a seca de forma altiva, sem se deixar flagelar e sem ver o sofrimento do homem e a dizimação de milhares de animais.
Os primeiros passos para essa superação já foram dados. E acredito que o fortalecimento da agricultura familiar, a garantia do acesso ao credito barato e subsidiado para o pequeno produtor rural, junto com a tecnologia serão o caminho para uma convivência equilibrada com as adversidades do clima.
No mas é festejar com alegria as chuvas que começam a banhar de uma ponta a outra o Ceará, e principalmente vê o nosso Cariri verdejando, sentir o cheiro da terra molhada e encher a boca d'água ao lembrar da canjica e do milho cozido que logo chegará a mesa.